A IoT está acelerando o conceito de casa inteligente. Nos novos empreendimentos residenciais as construtoras já estão entregando os imóveis com a infraestrutura necessária para IoT. No caso de espaços comerciais ou industriais, as próprias empresas que ocuparão essas áreas já discutem com engenheiros e arquitetos, desde a planta, a implantação dessas tecnologias.
A afirmação é de George Wootton, diretor técnico da Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial), que estará presente na 3ª edição do IoT Latin America, o mais importante evento B2B exclusivamente voltado ao setor e com foco em geração de negócios na América Latina, que será realizado nos dias 29 e 309 de agosto, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. A feira acontece no Transamerica Expo Center, na Capital, simultaneamente ao 3° Congresso Brasileiro e Latino-americano de Internet das Coisas, organizado pelo Fórum Brasileiro de IoT.
A Internet das Coisas ou IoT (na sigla em inglês) promete ser a resposta para executar tarefas do cotidiano de maneira mais fácil com um melhor custo-benefício.
De acordo com Wootton, o Plano Nacional de IoT e a realização da IoT Latin America são grandes impulsos para o desenvolvimento deste mercado. “A IoT Latin America tem sido um evento importante para divulgação de assuntos relacionados aos provedores e desenvolvedores de IoT no Brasil. Agora, com a definição do Plano Nacional de IoT, vejo neste evento uma ótima oportunidade para se integrar aos esforços mais governamentais e colaborar com o desenvolvimento das infraestruturas e também do mercado de uso/consumo”, analisa.
A Aureside mostrará, durante palestras na IoT Latin America, como este conceito está sendo incorporado pelas construtoras. “O principal benefício imediato que vejo na promoção da Casa Inteligente (Smart Home) é o aumento da visibilidade dos benefícios que tecnologias como IoT podem trazer. Ainda estamos longe de termos uma concepção completa do que venha a ser a Casa Inteligente, mas os esforços, novidades e investimentos tem sido grandes e constantes. A abrangência da IoT tem permitido que a Casa Inteligente seja tratada muito mais conceitualmente do que apenas uma oportunidade de marketing de algumas empresas. Em resumo, a Casa Inteligente busca fornecedores à sua altura e a IoT tem acelerado o processo de seleção e aceitação”, explica Wootton.
Segundo o relatório final do Plano Nacional de IoT, o campo da Internet das Coisas é oportunidade única para o Brasil capturar seu valor. Até 2025, no mundo, a IoT terá um impacto econômico de US$ 4 a 11 trilhões, maior que a robótica avançada, as tecnologias cloud e até mesmo a internet móvel. No Brasil, o impacto potencial é de US$ 50 a 200 bilhões por ano, valor que representa cerca de 10% do PIB brasileiro. “Infelizmente, o mercado de ConsumerIoT, onde poderíamos incluir a Casa Inteligente, não foi incluído entre as verticais prioritárias para o desenvolvimento e fomento no Brasil. Mesmo assim, vemos este mercado como muito promissor, dentro do seu universo relativo e comparado ao que temos hoje. Acredito que há grandes pontos onde o Brasil pode se destacar: o de desenvolvimento de equipamentos como sensores e atuadores (desde que a fabricação não seja feita no Brasil) e o desenvolvimento de aplicações onde o uso inteligente de Big Data e Inteligência Artificial tragam soluções inovadoras a problemas antigos”, analisa Wootton.
Fonte: Exame
Publicado por Dino em 13/06/2018 às 06h22
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