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Automação Residencial utilizando Alexa

 

As ‘torrezinhas’ são o início da casa inteligente, são o centro da automação residencial

 
 

 
 

Amazon

A Amazon foi a primeira companhia a lançar um alto-falante inteligente, em novembro de 2014. Hoje, ela domina uma fatia de 70,6% do mercado norte-americano no segmento. Inicialmente, havia o só Amazon Echo e Echo Dot, aparelhos cilíndricos equipados com a assistente pessoal da empresa, a Alexa. Com ele, é possível dar comando de voz para tocar música, pedir um carro e controlar equipamentos inteligentes da casa. Hoje, o Echo sai por US$ 179 nos Estados Unidos.

 
 

 
 
Por enquanto é o tipo de brinquedo que muito pouca gente tem. Não por serem caros — custam bem menos do que um smartphone de ponta —, mas porque sua utilidade não é lá muito clara para a maioria. Em geral, quem os têm usa como um aparelho de som ativado por voz.
 
São assistentes digitais. E, se por enquanto estão apenas no nicho de nós geeks fascinados, deve mudar no final do ano, quando o Home Pod chegar às lojas. É a versão da Apple — e a Apple tem dessas coisas: só por carregar a maçã branca já forma filas, ganha foto nas primeiras páginas, vira assunto no Facebook.
 
 

 
 
Estas torrezinhas são o início das casas inteligentes. São o centro da automação residencial. No futuro, pediremos a estes aparelhos que liguem o ar-condicionado, disparem a TV já no canal de Game of Thrones ou que façam a cama. Um pouco disso já é possível.
 
O primeiro passo foi fazer a tecnologia compreender a voz humana. A lógica é simples. Há uma palavra ou expressão chave que desperta o assistente. Daí se dá um comando. Para a Apple, a palavra chave é ‘Siri’. E o iPhone acorda ciente de que ouvirá um pedido. No Android, ‘Ok, Google’. No mundo da Amazon, ‘Alexa’. Estamos na segunda geração, e um arsenal mais ou menos vasto de comandos já existe. Ok, Google, play Yellow Submarine, faz a torrezinha branca e cinza acessar o Spotify e disparar a música. Ele não entende linguagem natural ainda. É preciso saber como pedir. O sistema é esperto o suficiente para entender algumas variações do comando, mas não muitas.
 
Para ir além da caixa de som que ouve comandos, é preciso mais equipamento. Lâmpadas Hue, coleção da Phillips que permite ligar, desligar, dimerizar e mudar a cor pelo smartphone, se conectam aos assistentes.
 
 

 
 
Assim como os controles remotos programáveis da Logitech, série Harmony, que gerenciam BluRay, Chromecast, Apple TV, caixa de TV a cabo e todo o conjunto audiovisual. Quando integrados com as torres, comandos de voz controlem luzes ou liguem a TV no programa certo — ou no Netflix, já abrindo a série pedida.
 
Enquanto a caixinha serve para tocar música ou dizer a previsão do tempo, não há diferença entre Google e Amazon. Na hora de centralizar a casa inteligente, muda. A Amazon é simples e intuitiva, as conexões são fáceis. Mas ligar o Google Home aos outros aparelhos dá trabalho e, de tempos em tempos, ele se esquece. É preciso reprogramar tudo de novo.
 
Há também a questão da língua. Ambos se dão bem com sotaques, mas, por enquanto, só falam inglês. Na última semana, o Google soltou seu assistente de voz para português brasileiro. Funciona no smartphone, mas o Google Home segue monoglota. A Amazon não sugere qualquer plano de deixar o inglês.
 
 

 
 
Meus filhos caçulas — 6 e 7 — adoram pedir Beatles e Michael Jackson em língua estrangeira. Crianças embarcam fácil na diversão. Mas, no cotidiano adulto, há um quê de artificial. A conversa na sala é na língua da gente e aí, quando queremos mudar a luz ou a música, é preciso falar inglês. Não é natural ficar mudando de língua. Assim, fora dos EUA, essas máquinas ainda não se integram de forma tão harmônica no dia a dia.
 
E, ainda assim, é um se acostumar incrivelmente rápido. De chegar em casa e ir pedindo luz, música ou então Alexa, turn on the TV on GloboNews para as últimas de Gilmar Mendes. O futuro é bem conveniente.
 
 
Fonte: O Estado de S. Paulo – Por Pedro Doria
Publicação: 25/08/2017 | 05h00

10 setembro, 2017

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